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Clube do Livro Fernanda Carvalho: Uma Orquestra de Minorias de Chigozie Obioma é leitura de agostoLeitura em 2 minutos

Clube do Livro Fernanda Carvalho: Autor de agosto será Chigozie Obioma. A imagem apresenta o escritor nigeriano sendo prestigiado como finalista do Booker Prize em 2019

Uma Orquestra de Minorias, romance publicado originalmente em 2019 por Chigozie Obioma, será a leitura de agosto do clube do livro. A reunião acontecerá no dia 31/08 às 18h por videoconferência (via Google Meet).

Chigozie Obioma é um escritor nigeriano finalista do Booker Prize pelos seus dois romances publicados, Os Pescadores (2015) e Uma Orquestra de Minorias (2019). Seus textos já foram publicados em veículos como Granta, The New York Times, The Paris Review, The Guardian e outros.

Uma Orquestra de Minorias apresenta a história de Chinonso, um jovem avicultor de origem humilde que se apaixona por uma moça rica chamada Ndali. O rapaz faz de tudo para conquistar a amada, inclusive abrir mão do que lhe é mais caro. Ele deseja impressionar tanto a moça como a família dela. Como prova de amor à Ndali, Chinonso frequenta uma faculdade no Chipre e lá descobre que nem tudo é o que parece ser. No novo ambiente, Chinonso fica furioso com as injustiças impostas, fazendo com que a relação entre os dois se estremeça. O romance traz uma analogia ao voo dos pássaros, ilustrando que, por mais que todos tenham asas, nem todos conseguem alçar voos altos e mudar seu destino.

Ao Paris Review, Chigozie Obioma detalhou que sua motivação para escrever Uma Orquestra de Minorias foi a própria mudança para o Chipre do Norte com o objetivo de estudar inglês. O escritor observou a forma como era tratado pelos habitantes originários do país, chegando a ser mandado embora da mesa que estava ocupando no refeitório de sua universidade, dentre outros episódios absurdos. Obioma declara que “era um estrangeiro num país onde as pessoas me viam como inferior”, o que dificultava ainda mais sua convivência acadêmica.

Eu queria poder andar por uma massa de estudantes turcos e não saber o que eles estão dizendo. Eu ansiava pela imunidade da ignorância, mas não havia nada que eu pudesse fazer agora. Todos os dias, eu andava pelas ruas do norte de Chipre e era chamado de escravo por aqueles que sabiam que eu não era. E todos os dias eu seria visto por meus amigos como tendo adquirido o domínio sobre algo do qual não poderia mais escapar – pois eu havia sido escravizado por um idioma que não queria e não havia nada que eu pudesse fazer a respeito.

As inscrições para participar do encontro do clube do livro de agosto já estão abertas e você pode se inscrever clicando aqui. Vamos discutir esse romance incrível de Chigozie Obioma juntos?

Publicado por

Graduanda em Letras Inglês/Literaturas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e ex-bolsista do projeto de extensão Literatura Inglesa Brasil, sob orientação da Professora Marcela Santos Brigida. Hoje, atua como curadora de conteúdo no projeto.

Graduando em Letras – Inglês/Literaturas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Curador de conteúdo no projeto de extensão Literatura Inglesa Brasil. Monitor de Literatura Inglesa no Instituto de Letras da UERJ. Pesquisador da obra da escritora estadunidense Raven Leilani.

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