Pular para o conteúdo

Guy Gunaratne vence o Dylan Thomas Prize2 min read

 

Foi anunciado na última quinta-feira, 16 de maio, que o documentarista de direitos humanos britânico-cingalês, Guy Gunaratne (34), é o vencedor do Dylan Thomas Prize da Swansea University em sua edição de 2019. O autor receberá um prêmio de 30.000 libras por seu romance de estreia, In Our Mad and Furious City.

Nós já escrevemos um pouco sobre Gunaratne aqui no Literatura Inglesa Brasil em março, quando ele apareceu no programa Globo News Literatura – Cidades Literárias dedicado a Londres. A obra vencedora foi publicada em 2018, oferecendo um relato ficcional classificado pela comissão do Dylan Thomas Prize como “urgente, oportuno e convincente”, cobrindo 48 horas em um conjunto habitacional de East London após o assassinato de um soldado britânico. O evento é relatado por três narradores diferentes. “Arriscado e inventivo, Gunaratne tem sido elogiado por fornecer uma voz autêntica a setores marginalizados da sociedade e por lançar luz sobre experiências muito reais de jovens de minorias étnicas,” disse, ainda, o anúncio no site oficial do DTP.

Após cuidadosa deliberação, o vencedor foi escolhido por um painel de jurados presidido pelo professor da Swansea University, Dai Smith CBE, com o Prof. Kurt Heinzelman, Editor da BBC Di Speirs e a premiada romancista Kit de Waal.

O presidente do painel, Prof. Dai Smith CBE, declarou: “De vez em quando, surge uma obra de ficção que usa voz, estilo e história, como somente obras da imaginação podem fazer, para nos deixar entrar, para nos faz ver, para exigir que nós entendamos vidas e circunstâncias que raramente recebem o foco das atenções na nossa cultura e sociedade contemporâneas. É o que o deslumbrante romance de estreia multi-voz de Guy Gunaratne, In Our Mad and Furious City, pretende fazer e realiza corajosamente por vidas marginalizadas, jovens e idosas, no implacável redemoinho de Londres hoje em dia”.

Ao receber o prêmio, Guy Gunaratne disse:

“Dylan Thomas sempre foi muito importante para mim, ele é um escritor em quem eu sempre busquei inspiração. E depois de ganhar este prêmio, minha mente pensa para todos os outros escritores, ou escritores aspirantes, que estão escrevendo de um lugar semelhante àquele em que eu comecei. Um lugar como Neasden, um lugar que eu sempre achei que era “lugar nenhum”. Mas, para criar arte a partir do mundo, a linguagem, as vozes em torno das quais eu cresci sempre me pareceram importantes. Foi isso que eu tentei fazer com este livro.”

Concedido à melhor obra literária publicada em língua inglesa, escrita por um autor de 39 anos ou menos, o prêmio celebra o mundo da ficção internacional em todas as suas formas, incluindo poesia, romances, contos e drama.

Os outros títulos finalistas do International Dylan Thomas Prize de 2019 foram: House of Stone de Novuyo Rosa Tshuma, Friday Black de Nana Kwame Adjei-Brenyah, Trinity de Louisa Hall, FOLK de Zoe Gilbert e Melmoth de Sarah Perry.

Publicado por

Marcela Santos Brigida
Professora na UERJ | Website

Marcela Santos Brigida é professora de literatura inglesa na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.  Doutora em Literaturas de Língua Inglesa (UERJ, 2022), defendeu tese sobre a obra da escritora irlandesa contemporânea Anna Burns. No mestrado (UERJ, 2020), pesquisou a relação entre a poesia de Emily Dickinson e a canção. É bacharel em Letras com habilitação em língua inglesa e suas literaturas (UERJ, 2018). Atuou como editora geral da Revista Palimpsesto (2020-2021). É coordenadora do projeto de extensão Literatura Inglesa Brasil (UERJ). Tem experiência nas áreas de literaturas de língua inglesa, literatura comparada e estudos interartes, com especial interesse no romance de língua inglesa do século XIX e na relação entre música e poesia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *