5 escritoras irlandesas contemporâneas que você precisa conhecerLeitura em 3 minutos

A literatura irlandesa contemporânea tem feito muito sucesso nas redes sociais, especialmente após o fenômeno do booktok—uma comunidade do aplicativo de vídeos, TikTok, que engloba resenhas e indicações literárias—, e, assim, diversas autoras começaram a ganhar notoriedade e até adaptações audiovisuais. Além disso, estão citadas autoras que, apesar de extremamente renomadas, não necessariamente atingiram essa popularidade on-line atualmente. Hoje, vamos apresentar 5 autoras irlandesas contemporâneas que você precisa ler.

 

Sally Rooney

A escritora de 33 anos, nascida em Castlebar, County Mayo, considerada a “primeira grande romancista millennial”, é uma das mais prolíficas autoras contemporâneas. Em seus livros, enquanto explora temas de relacionamentos, amor, sexualidade e classe na era digital, Rooney abraça a intimidade e a identidade irlandesa, demonstrando ser um fenômeno literário da atualidade. Sua obra mais aclamada, Normal People (2018), conta a história de encontros e desencontros de Connell e Marianne, duas pessoas extremamente reais que enfrentam diversas disparidades em seu relacionamento. A próxima obra da autora, Intermezzo, é aguardada para setembro deste ano.

Maggie O’Farrell

Autora da Irlanda do Norte, O’Farrell tem como obra mais conhecida atualmente Hamnet (2020), que também fez sucesso pelas redes. Seu romance explora uma temática interessantíssima: a história ficcionalizada do filho de William Shakespeare, Hamnet, que morreu precocemente. A autora aborda brilhantemente o luto, as relações familiares e o casamento, nos apresentando Agnes, mãe e esposa, enquanto busca preencher as lacunas da misteriosa vida do bardo. Outro romance publicado pela autora, The Marriage Portrait (2022), se trata de outra ficção histórica, dessa vez, explorando a vida da duquesa Lucrezia de ‘Medici, durante a Renascença na Itália.

Anna Burns

Nascida em Belfast, Anna Burns publicou seu primeiro livro em 2001, No Bones, que fala de uma jovem crescendo em Belfast durante os conflitos separatistas com a Inglaterra. Seguindo esse seu caráter de ficção histórica, Burns escreveu Milkman (2018), livro vencedor do Booker Prize do mesmo ano, em que aborda os conflitos da Irlanda do Norte com um caráter astuto e intimista, através das lentes de personagens que representam pessoas comuns que convivem com o conflito. 

Emma Donoghue

Donoghue nasceu em Dublin, em 1969. Tem diversos livros já traduzidos para o português, incluindo o seu romance de estreia, Stir Fry (1994), que é um coming of age sobre uma jovem mulher irlandesa explorando sua identidade e sexualidade. A autora já teve três de suas obras adaptadas para o audiovisual, incluindo The Wonder (2022), da Netflix, estrelando Florence Pugh, baseado em sua obra homônima de 2016. O romance trata de um suspeito caso milagroso de uma menina que estaria sobrevivendo por meses em jejum, abordando temas religiosos e de natureza psicológica.

Edna O’Brien

Consagrada escritora de Tuamgraney, County Clare, teve alguns livros banidos na Irlanda. O’Brien escreveu uma trilogia que teve início com a publicação de The Country Girls (1960), em que acompanhamos a história de Caithleen e Bridget, que deixam suas casas e sua educação religiosa e repressora, em busca de novidades e oportunidades de natureza romântica em Dublin. As sequências publicadas, respectivamente, em 1962 e 1964, The Lonely Girl e Girls in Their Married Bliss, apresentam as desventuras amorosas das amigas enquanto crescem e aprendem a lidar com a vida adulta. O primeiro livro dessa trilogia foi banido após a publicação, tido como imoral por abordar temas de sexualidade e liberdade feminina dentro de uma Irlanda católica e ainda muito conservadora nos anos que seguiram o final da Segunda Guerra Mundial.

 

Se ainda não conhecia alguma dessas incríveis autoras, vale a pena conferir os livros sugeridos aqui.