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1984 de George Orwell completa 70 anos em junho2 min read

O romance 1984, de George Orwell, completa setenta anos este mês. Para celebrar, a Waterstones publicou em seu blog uma matéria redigida por Mark Skinner sobre a relevância da obra na contemporaneidade. Você pode ler o texto original e as recomendações de leitura da livraria clicando aqui. Incluímos passagens da publicação abaixo:

“Em 1947, quando George Orwell se estabeleceu na ilha escocesa de Jura para escrever 1984, o mundo estava em um constante e terrível estado de fluxo. Ainda se recuperando da imensidão de um conflito que arrasou cidades e dizimou populações, as massas confusas e empobrecidas tornaram-se peões em uma luta desesperada por uma nova ordem global.” 

(…) “Na realidade alternativa de 1984, a Grã-Bretanha foi absorvida por um superestado chamado Oceania, governado por um partido político autoritário liderado pelo onipotente Grande Irmão. Na Oceania, os fatos e a história são infinitamente maleáveis ​​e nosso principal protagonista, Winston Smith, trabalha no Ministério da Verdade, distorcendo a realidade para atender às exigências do partido. O aparato do governo é extenso e inclui conceitos como Duplipensar, Crimepensar e Novilíngua; termos que desde então se tornaram parte do léxico político britânico. É o auto-despertar de Winston e a tentativa de rejeição do regime tirânico do Grande Irmão que formam o centro da narrativa.”

Publicada setenta anos atrás, com uma aclamação quase universal, a obra-prima de Orwell se mostrou surpreendentemente presciente em sua desconstrução do sistema autocrático soviético. Embora houvesse excelentes distopias literárias antes de 1984, nenhuma tinha sido tão abrangente e assustadoramente crível. Seu legado cultural foi imenso; Rapidamente, tornou-se rotina referir-nos a ditadores da vida real como Grande Irmão e qualquer estado de vigilância sombrio como Orwelliano. Mesmo hoje, após o colapso do comunismo no Ocidente, o pesadelo da visão de opressão política de 1984 soa sinistramente verdadeira para muitas pessoas em todo o mundo.”

Publicado por

Marcela Santos Brigida
Professora na UERJ | Website

Marcela Santos Brigida é professora de literatura inglesa na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.  Doutora em Literaturas de Língua Inglesa (UERJ, 2022), defendeu tese sobre a obra da escritora irlandesa contemporânea Anna Burns. No mestrado (UERJ, 2020), pesquisou a relação entre a poesia de Emily Dickinson e a canção. É bacharel em Letras com habilitação em língua inglesa e suas literaturas (UERJ, 2018). Atuou como editora geral da Revista Palimpsesto (2020-2021). É coordenadora do projeto de extensão Literatura Inglesa Brasil (UERJ). Tem experiência nas áreas de literaturas de língua inglesa, literatura comparada e estudos interartes, com especial interesse no romance de língua inglesa do século XIX e na relação entre música e poesia.

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