Quem foi Elizabeth Barrett Browning?
Elizabeth Barrett Browning (1806-1861) foi uma importante poeta e ativista política da Grã-Bretanha. Foi reconhecida, ainda em sua época, como uma autora muito talentosa, que utilizou de sua fama para denunciar as injustiças causadas pelas estruturas sociais vigentes.
1. Ultrapassando barreiras
Browning sofria de uma doença respiratória crônica que a restringia ao espaço de seu quarto por longos períodos. Essa limitação, entretanto, não a impediu de escrever sobre o mundo ao seu entorno: começou com versos aos 6 anos, e, logo, foi para a prosa. Seu primeiro livro, “The Battle of Marathon”, foi publicado aos seus 14 anos.
2. Autoria e desdobramentos
Embora na Era Vitoriana muitas autoras optassem por publicar sob pseudônimos, Barrett Browning usou o seu próprio nome. Isso acarretou em diversas críticas de cunho misógino, mas também a tornou a primeira mulher a ser considerada para a posição de “poeta laureada”, após a morte de Wordsworth, 159 anos antes de uma mulher ser efetivamente nomeada.
3. Ativismo político
Com o tempo e sua popularização, ela se empenhou para acrescentar discussões políticas em suas obras, abordando temas como o trabalho infantil, o tráfico de escravizados no continente americano, além de também apoiar a independência italiana. Falava, também, sobre as condições impostas à mulher no século XIX, incluindo versos que tratavam a prostituição como uma forma de estupro pago.
4. Celebridade internacional
A autora deixou de ser apenas uma “jovem poetisa promissora” com a boa recepção crítica de seus Poemas (1844). Dos dois lados do atlântico, grande parte dos principais periódicos a louvaram em resenhas, o que lhe deu o título de celebridade internacional. Nesse momento, Barrett Browning foi aclamada como uma das maiores poetas vivas da Inglaterra
5. Uma grande contribuição
Elizabeth foi a mente responsável pela autoria de um dos poemas mais famosos da língua inglesa, ‘How do I love thee? Let me count the ways’, apresentado a seguir:
How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of being and ideal grace.
I love thee to the level of every day’s
Most quiet need, by sun and candle-light.
I love thee freely, as men strive for right;
I love thee purely, as they turn from praise.
I love thee with the passion put to use
In my old griefs, and with my childhood’s faith.
I love thee with a love I seemed to lose
With my lost saints. I love thee with the breath,
Smiles, tears, of all my life; and, if God choose,
I shall but love thee better after death
Publicado na coletânea mencionada anteriormente, é um exemplo do tom conversacional e informal da escrita de Browning, um dos fatores de sua popularidade.
Você já conhecia Elizabeth Barrett Browning?
Referências:
https://blogs.bl.uk/untoldlives/2021/02/elizabeth-barrett-browning-a-pioneering-writers-life.hml
https://www.poetryfoundation.org/poets/elizabeth-barrett-browning